ENDEREÇO DA CONGREGAÇÃO
Rua Girasol, 809 – Vila FormosaNova Iguaçu – RJ
CEP: 26032-130
VILA FORMOSA O Bairro de Vila Formosa é um bairro não-oficial da cidade de Nova Iguaçu, no estado do Rio de Janeiro. Embora o bairro não seja reconhecido oficialmente pela prefeitura, é muitas vezes referido como tal pela população e por vereadores do município. HISTÓRIA DE NOVA IGUAÇU (RJ)
Nova Iguaçu (pronuncia-se AFI: [ˈnɔvɐ iɡwɐˈsu]) é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Pertence à Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro e Microrregião do Rio de Janeiro, localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 28 km. Ocupa umaárea de 523,888 km². Em 2012, sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticaem 801 746 habitantes, dos quais 52% mulheres , sendo que, em 2012, era o quarto mais populoso do Rio de Janeiro (ficando atrás somente de Duque de Caxias, de São Gonçalo e da capital) e o 19º de todo o país. A sede tem uma temperatura média anual de 24,3 °C e na vegetação original do município predomina a mata atlântica. Em relação à frota automobilística, em 2009 foram contabilizados 148 655 veículos . Com 99% de seus habitantes vivendo na zona urbana , o município contava em 2009 com 242 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,762, considerando-se assim como médio em relação ao país, sendo o 45º maior do estado. Nova Iguaçu faz parte da chamada Baixada Fluminense, uma importante região geográfica do estado do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que ultrapassa os 12 milhões de habitantes, aproximadamente 80% da população do estado inteiro. Em Nova Iguaçu estão instaladas importantes empresas, como a Companhia de Canetas COMPACTOR, as Indústrias Granfino, do ramo de alimentos, a Cimobras, do ramo siderúrgico, a Niely Cosméticos , a Embelleze e a Aroma do Campo, do ramo de cosméticos. Possui centros de ensino e pesquisa, tais como a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e o Centro Federal de Educação Tecnológica (públicos), a Universidade Iguaçu, a UNIABEU Centro Universitário e a Universidade Estácio de Sá (privados). Além da importância econômica, Nova Iguaçu é um notável centro turístico da Região Metropolitana. A Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Municipal configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que a Serra do Vulcão, com a prática de voo livre, é um relevante ponto de visitação localizado na zona urbana. O patrimônio histórico é constituído pelas ruínas de Iguaçu Velho e da Fazenda São Bernardino. Nova Iguaçu possui importantes centros de cultura, lazer e entretenimento. Há eventos culturais realizados no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, órgão responsável por projetar a vida cultural iguaçuana. O Nova Iguaçu Futebol Clube é um orgulho da cidade, que ainda possui como destaques o Polo Gastronômico, o Baixo Iguaçu e a Rua da Lama.
ETIMOLOGIA
O vocábulo “Iguaçu” é um termo proveniente do tupi, originalmente ‘y-gûasu . Seu significado é “rio grande” ou ainda “água grande”, através da junção dos termos ‘y (rio, água) e gûasu (grande). É uma referência dos índios jacutingas, naturais da região, ao Rio Iguaçu, outrora um rio caudaloso. Quando foi aportuguesado, o termo grafava-se, à época, Iguassú . Em 1891, a sede de município foi transferida para o arraial de Maxambomba, às margens da Estrada de Ferro Dom Pedro II, e em 1916, passou a se chamar Nova Iguassú, em oposição à antiga sede, que ficou conhecida como Iguassú Velho . Com o Acordo Ortográfico de 1945, o nome foi alterado, finalmente, paraNova Iguaçu.
PRIMEIRAS OCUPAÇÕES
Antes de os portugueses chegarem ao Rio de Janeiro (em 1503), os índios jacutingas já habitavam a margem ocidental do rio Iguaçu. Esses índios ajudaram os franceses quando eles chegaram à região. Em torno de 1565, após a expulsão dos franceses da Baía de Guanabara, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada. Havia, àquela época, intensa pirataria promovida por corsários franceses, ingleses e holandeses no litoral da colônia. Em 1575, o então governador da capitania do Rio de Janeiro, Antônio Salema, reuniu um exército português apoiado por uma tropa de índios catequizados, com o objetivo de exterminar o domínio franco-tamoio que já durava vinte anos no litoral norte da capitania. Temendo perder seus territórios, os índios tamoios, ainda aliados aos franceses, foram praticamente dizimados por conta da insurreição denominada “Guerra de Cabo Frio”. As tropas vencedoras exterminaram aproximadamente 500 indígenas, escravizando outros 1 500. Foram condenados à forca dois franceses, um inglês e o pajé tupinambá. Não obstante, as tropas adentraram o sertão incendiando aldeias e matando outros milhares de tamoios. A Guerra de Cabo Frio resultou na completa expulsão dos franceses da região. No entanto, outros piratas europeus, principalmente ingleses e holandeses, continuaram a piratear o pau-brasil, causando mortes que se provaram inúteis, uma vez que a ausência de colonização no litoral fluminense continuou a proporcionar lucro aos corsários europeus. Não houve interesse da metrópole em colonizar a região do Cabo Frio após este massacre, entretanto os colonizadores decidiram povoar o Recôncavo Fluminense (região em torno da Baía de Guanabara). Começaram a se fixar às margens dos grandes rios da região, em especial os rios Iguaçu, Meriti, Sarapuí, Saracuruna, Jaguaré, Pilar, Marapicu, Jacutinga, Mantiqueira e Inhomirim. Ainda em 1575, o capitão-mor Belchior Azeredo construiu uma ermida em louvor a Santo Antônio, no sopé de uma colina a 750 metros da maior curva do Rio Santo Antônio, atual Rio Sarapuí, em terras jacutingas. A construção, erguida em taipa, foi determinante para que Belchior Azeredo conquistasse as terras dos índios jacutingas em forma de sesmaria, através do governador Cristóvão de Barros, batizando-as como Engenho Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas. O capitão-mor ainda concedeu a si mesmo uma sesmaria próxima ao Rio Majé, onde construiu um engenho (coordenadas: 22º45’38” S ; 43º23’23” O). Nas décadas posteriores, a pequena ermida foi alçada à categoria de capela-colada, de capela-curada e, finalmente, de igreja-matriz (freguesia), neste local permanecendo por mais de 130 anos, até a década de 1700. Uma vez a ocupação da bacia dos rios Iguaçu, Sarapuí e Meriti efetivada, o que ocorreu a partir do final do século XVI, as tradicionais trilhas indígenas viraram estradas. Uma delas, a longa trilha dos indígenas jacutingas, foi transformada na Estrada Geral, que ligava a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Marapicu (atual Marapicu) à Freguesia de Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas (atual Belford Roxo, próxima à fábrica da Bayer). O leito da estrada é, atualmente, ocupado pela rodovia RJ-105. A velha ponte sobre o Sarapuí era o ponto de junção entre a Estrada Geral e a Estrada Real (atual Avenida Pastor Martin Luther King Júnior). A Estrada Real seguia em direção à Igreja de Nossa Senhora da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, passando antes pela Freguesia de São João do Orago do Rio Merity, pelo porto da Pavuna, por Inhaúma e pela Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do Irajá. Esses caminhos constituíram, por longo tempo, a melhor opção terrestre para adentrar o Recôncavo Fluminense, já que o acesso era difícil devido à grande quantidade de pântanos e de rios caudalosos e de considerável largura. Para estabelecer a rota da Estrada Real, foram considerados os melhores pontos para a transposição dos rios Meriti e Sarapuí, observando locais onde estes rios formavam vaus. A colonização da região exigia rotas para o escoamento da produção dos engenhos. Inicialmente, isso foi possível graças às vias fluviais, quando os rios serviam de estradas, uma vez que as trilhas indígenas (e as estradas derivadas delas) eram rústicas e os rios eram o modo mais fácil de adentrar no Recôncavo Fluminense para a sua colonização. Logo que passou a ser explorado, o ouro das Minas Gerais era levado por terra até o porto de Parati e daí, por via marítima, até a cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para Portugal. Como a rota do litoral entre Parati e o Rio de Janeiro era infestada por corsários e piratas, foi necessário a abertura de caminhos terrestres mais curtos e seguros para trazer o ouro das Minas Gerais até o Rio de Janeiro. No século XVII, Garcia Rodrigues Paes ligou Paraíba do Sul ao porto do Pilar do Iguaçu para o escoamento do ouro trazido de Minas Gerais. Essa ligação foi chamada Caminho do Pilar ou, mais comumente, Caminho Novo das Minas, pois substituiu o antigo Caminho de Paraty. Do Rio Pilar, podia-se navegar até o Rio Iguaçu, que tem sua foz no interior da Baía de Guanabara, área com fortificações e mais protegida dos ataques de piratas e corsários. Posteriormente, foram também abertos o Caminho da Terra Firme e a Variante do Proença, visando a facilitar o escoamento do ouro, já que o trânsito no Caminho do Pilar tinha diversos problemas. Com a redução de seu uso, o Caminho Novo logo passou a ser chamado de Caminho Velho. O Arraial de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu (à época, grafava-se “Iguassú”) nasceu ao redor de um porto fluvial nas margens do Rio Iguaçu. Em 1699, a localidade já tinha uma capela curada. Na época do Marquês do Pombal, em 1750, foi elevada à categoria de freguesia. O Porto de Piedade de Iguaçu prosperou em razão da intensa movimentação dos tropeiros pelo Caminho Novo.
VILA DE IGUAÇU
Até o início do século XIX, Piedade do Iguaçu tornou-se o principal povoado da região, mas era dependente administrativa e politicamente da cidade do Rio de Janeiro, embora já demonstrasse um bom desenvolvimento econômico, além do aumento da população e do crescimento do comércio. Os povoados da região concentravam-se principalmente às margens dos rios, mas também havia alguns nos entroncamentos das estradas. Piedade do Iguaçu cresceu ainda mais com a abertura da Estrada Real do Comércio, primeira via aberta no Brasil para o escoamento do café do interior do país. Graças à Estrada Real do Comércio e às ótimas condições para a criação de um entreposto comercial, foi necessária a criação de um município. Em 15 de janeiro de 1833, portanto, foi criada a Vila de Iguaçu a partir de decreto assinado pelo regente Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, em nome do imperador dom Pedro II. Em 29 de julho do mesmo ano, foi instalada a câmara dos vereadores, com sete representantes. O novo município foi formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu (definida como capital do município), Santo Antônio de Jacutinga, Nossa Senhora do Pilar, São João de Meriti e Nossa Senhora da Conceição do Marapicu. Inicialmente, a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Inhomirim também faria parte, contudo os moradores desse distrito não aceitaram a incorporação, especialmente devido à distância. A Assembleia Legislativa da província do Rio de Janeiro extinguiu o município de Iguaçu em 13 de abril de 1835 (Lei Número Catorze), mas o restaurou em 10 de dezembro de 1836 (Lei Número 57), já sem a Freguesia de Inhomirim. Em 1846, o município ainda perdeu mais uma parte de seu território ao ser criada a Vila da Estrela, que assumiu a Freguesia do Pilar. A área total da vila de Iguaçu era, à época de sua criação, de 1 305,47 km². Na sede, havia um quartel com uma cadeia anexa, a Câmara de Vereadores, o Fórum, casas comerciais e cerca de cem casas. Nos portos, eram embarcadas mercadorias em direção ao Rio de Janeiro. A população em 1879 era estimada em 21 703 pessoas, sendo 7 622 escravos. Apesar do grande progresso em seus primeiros anos de independência administrativa (embora até 1919 as funções de executivo fossem de responsabilidade do intendente, representado pelo presidente da câmara), a Vila de Iguaçu entrou em decadência na segunda metade do século XIX. Alguns fatores podem ser citados, como a criação das estradas de ferro, a construção de uma ponte sobre o Rio Iguaçu e epidemias de cólera, varíola e malária. A abolição da escravatura também ajudou no declínio da economia do município, que se sustentava na exploração dos escravos negros na agricultura da cana-de-açúcar. Havia canaviais por todo o município, além de plantações de milho, feijão, mandioca, café e arroz.
MAXAMBOMBA
Maxambomba é o nome de um mecanismo de tração, operado sobre um ou dois trilhos, utilizado na época do Brasil colonial pelos senhores de engenho para assentar uma carga com segurança sobre a embarcação destinada para fazer o transporte fluvial da produção do Engenho. O mecanismo de grua permitia locomover para baixar a carga sobre a canoa chalana, observando o centro de gravidade da embarcação para a distribuição uniforme do peso da carga, evitando que o carregamento gerasse oscilações que pudessem acidentalmente lançar a carga ao rio durante o carregamento. Assim vemos que um mecanismo de grua serviu para nomear o rio que atravessava as terras do Engenho Maxambomba. Este Rio Maxambomba era chamado de Apeterei pelos índios Jacutingas (antigos donos da terra).Apeterei, em língua tupi, significa “Rio do Meio”. Atualmente, o rio está canalizado sob os quarteirões situados entre as ruas Luis Guimarães / Nilo Peçanha e a Otávio Tarquínio. A Serra de Madureira (Serra do Engenho do Madureira) também foi denominada de Serra de Maxambomba (Serra do Engenho Maxambomba). O Rio Maxambomba nasce na Serra de Maxambomba e atravessa as terras do antigo Engenho Maxambomba e era designado como Apeterei (Rio do Meio), porque localiza-se entre dois rios maiores: Rio das Botaes (Riachão) e o Rio Caxoeira (atual Rio da Prata). Uma canoa de fundo chato, conhecida como chalana ou chalupa, era o transporte mais apropriado para navegar o talvegue raso do curso d´água (um afluente de rio) utilizado pelo engenho como via fluvial para transporte. A produção do Engenho Maxambomba escoava através de um portinho existente no Rio da Prata, afluente do Rio Sarapuí. O carregamento também seguia através do Rio Maxambomba, principalmente quando o Rio da Prata estava obstruído por árvores caídas ou por desmoronamentos das margens, o que provocava assoreamento acidental. A produção de cana-de-açúcar seguia as diretrizes de Portugal para o Brasil Colônia. As raízes fracas e finas da cana provocam a erosão dos terrenos desmatados e o consequente assoreamento dos rios. Porque, ao ser desmatada a terra e removidas as árvores com raízes fortes que seguravam a terra, substituídas pelo plantio da cana, com raízes fracas e finas que não seguravam a terra, esta era levada pelas chuvas torrenciais e depositadas no fundo dos rios, sedimentando-os e diminuindo-lhes a profundidade. Através do portinho existente no Rio Maxambomba, a produção escoava até o Porto dos Saveiros (em Tinguá) ou via Rio da prata até o Porto do Rio Sarapuí, onde era reembarcada em saveiros ou faluas, embarcações maiores, com destino ao Cais dos Mineiros, no Rio de Janeiro (que situava-se ao lado do Arsenal de Marinha, na atual Rua 1º de Março). Para carregar as chalanas, o engenho contava com dois portinhos fluviais: um deles localizava-se no atual Bairro da Vila Nova (instalado no Rio da Prata); o outro existia à montante do Rio Maxambomba (atual Centro de Nova Iguaçu). Na periferia do Engenho Maxambomba, ao redor do portinho do Rio Maxambomba, gradativamente foi-se assentando um pequeno comércio, seguido por um pequeno núcleo populacional que foi prosperando até se transformar no pequeno Arraial de Maxambomba. Assim, na periferia das terras do Engenho Maxambomba, nasceu o Arraial Maxambomba. Desenvolveu-se e prosperou ao redor do portinho que existiu próximo à atual Rua Floresta Miranda. O transporte fluvial e marítimo foi utilizado até 1728, quando o Caminho do Tinguá foi concluído pelo mestre de campo Estêvão Pinto. Esse caminho, que ficou conhecido como Caminho de Terra Firme, fugia da planície inundada e pantanosa para transpassar a muralha da Serra do Mar a caminho das Minas Gerais. Passava no antigo Engenho Maxambomba, de propriedade de Martim Corrêa Vasques. O Caminho de Terra Firme foi o único que deixou vestígios, pois, sobre parte de seu percurso, foram assentados, em 1858, os trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II, (atualmente sob concessão à Supervia). O Engenho de Maxambomba (localização exata de onde situava-se o engenho: latitude 22°45’36.69″S longitude 43°25’59.90″W) integrava a jurisdição (distrito) daFreguesia de Santo Antônio de Jacutinga. No século XVII, o Engenho Maxambomba surgiu em razão do desmembramento do Engenho de Santo Antônio de Jacutinga, localizado nas terras da antiga aldeia dos índios Jacutingas. A sesmaria do Engenho Santo Antônio foi concedida pelo Governador Cristóvão de Barros, para um de seus capitães, de nome Belchior de Azeredo, homem de confiança de Cristóvão de Barros que era o quarto governador do Rio de Janeiro. O engenho ficou séculos nas mãos da família Azeredo, passando para José de Azeredo e seu filho Antônio de Azeredo (descendentes de Belchior), até ser desmembrado e extinto no século XIX, com as terras integradas ao Engenho do Brejo (Belford Roxo) e Engenho Maxambomba (Nova Iguaçu). No século XVII, o Engenho Maxambomba era propriedade de Salvador Correia de Sá e Benevides, neto paterno de Salvador Correia de Sá (o Velho), que era o maior latifundiário do Rio de Janeiro, dono de vários engenhos e de mais de setecentos escravos e que foi governador do Rio de Janeiro por três mandatos intercalados. Ele morava na Rua Direita, atual Rua 1º de Março, no Centro do Rio de Janeiro. Na primeira metade do século XVIII, pertenceu a Martim Corrêa Vasques. Na segunda metade do mesmo século, o Engenho Maxambomba passou para o Padre José Vasques de Souza, cujo irmão inteiro era o capitão Manuel Correia Vasques, proprietário do Engenho Caxoeira (atual município de Mesquita). Ambos eram descendentes diretos de Salvador Correia de Sá e Benevides, de Mem de Sá e deEstácio de Sá. A sede colonial do Engenho Maxambomba situava-se no cume da alta colina em cuja encosta setentrional localiza-se, atualmente, o Bairro Califórnia e em cuja encosta meridional está assentado o Bairro da Vila Nova. A sede do Engenho Maxambomba estava a 1,65 km (um quarto de légua) de distância da Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga (atual Igreja da Prata). A localização é dada com exatidão por Monsenhor Pizarro, no relatório das suas visitas pastorais no ano de 1794. Ele descreve com clareza solar a direção do engenho (poente) e a equidistância, em léguas, levando em consideração, como ponto de partida, a atual Igreja de Santo Antônio da Prata, que, em 1794, era a Matriz de Santo Antônio de Jacutinga (Localização da atual Igreja de Santo Antônio da Prata = Latitude: 22°45’38.68″S e Longitude: 43°24’56.99″W). Escravos fugitivos do Engenho Jacutinga, do Engenho do Brejo e do Engenho Maxambomba utilizavam o leito do Rio da Prata para chegar às encostas da Serra Maxambomba (atual Serra do Madureira), onde, no atual bairro do K-11, fundaram o Quilombo de Cauanza. K-11 é uma corruptela de Cauanza, o nome africano do quilombo. Os pequenos rios, vias fluviais que serviam os engenhos, foram perdendo sua capacidade de manter talvegue apropriado para serventia e, em razão de assoreamentos, obstruções e contínuo desmatamento das margens, gradativamente foram substituídos por estradas ou carreteiras (estradas para carroças). A Estrada Geral é uma das mais antigas da região, caminho utilizado bem antes do período colonial. Já era uma antiquíssima trilha dos índios Jacutingas (umapékatu, que, em língua tupi, significa: “bom caminho”). A Estrada Geral ligava a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Mariapicu à Freguesia de Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas (atual Centro de Belford Roxo). Hoje, a Estrada Geral está dividida em duas: Estrada Doutor Plínio Casado e Estrada Abílio Augusto de Tavora (antiga Estrada do Engenho do Madureira), que, em 1930 foi reformada. A carreteira mais extensa construída pelo colonizador na Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, em linha quase reta, iniciava no atual Centro de Nova Iguaçu, na Rua Floresta Miranda, seguindo pela Rua Comendador Francisco Soares, Rua do Encanamento, atravessando a atual Rodovia Presidente Dutra (que não existia na época), seguindo por Heliópolis (Rua Maria/Avenida Heliópolis), passando pelo Bairro Baby até chegar ao Porto dos Saveiros (Tinguá). Outras carreteiras importantes foram melhoradas quando as vias fluviais deixaram de ser utilizadas, como é o caso da atual Rua Barros Júnior, que se conecta com a Estrada do Iguaçu (atravessando a Via Presidente Dutra). Estas carreteiras eram a serventia para transporte da produção do Engenho do Madureira, Engenho da Posse, Fazenda Caioaba e Fazenda Filgueiras (atual bairro Filgueiras, em Nova Iguaçu). O escoamento destinava as produções dos engenhos para embarque nos portos fluviais de Piedade de Iguaçu. A importância que o Rio Iguaçu tinha para a comunicação entre a vila e o Rio de Janeiro diminuiu com a implantação das estradas de ferro, que eram um meio de transporte mais rápido, barato e seguro. À época do Segundo Império, a população da Vila Maxambomba assistiu entusiasmada à chegada das locomotivas a vapor, popularmente conhecidas por “maria-fumaças”. Em 29 de março de 1858, a Estrada de Ferro Dom Pedro II (atual Estrada de Ferro Central do Brasil) foi inaugurada pelo próprio Imperador Pedro II e ligou o Campo da Aclamação (no Rio de Janeiro) ao Pouso dos Queimados (atual Município de Queimados) e, no ano seguinte, chegou a Belém (atual Japeri). Na parada ferroviária de Maxambomba, a produção da Fazenda Maxambomba passou a ser embarcada para a corte. A implantação da estrada de ferro aumentou o comércio estabelecido na região. A atividade no arraial prosperou tanto que isso fez com que, em 1862, a Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga fosse transferida para perto da estação. Outra estrada de ferro importante foi a Rio do Ouro, que começava no bairro do Caju, no Rio de Janeiro) e seguia até a localidade de Rio d’Ouro, em Nova Iguaçu. Sua construção foi iniciada em agosto de 1876 e concluída em 1883. Em 1886, foi adaptada para o transporte de cargas e passageiros e contava com três ramais em seus 53 quilômetros: Xerém, Tinguá e São Pedro (Jaceruba). Nos anos 60, contudo, a estrada de ferro foi, aos poucos, desativada. Segundo os responsáveis por sua manutenção, ela não dava lucro. A ponte construída sobre o Rio Iguaçu em 1886 na localidade de São Bento acabou de vez com a importância do rio para o desenvolvimento da região, pois impediu o tráfego dos saveiros e faluas. A chegada da ferrovia na região, a proclamação da Lei Áurea no dia 13 de maio de 1888 (que causou a ruína a considerável parte da aristocracia rural) e as epidemias de cólera, varíola e malária fizeram com que a população da Vila de Iguaçu abandonasse o local, transferindo-se para o Arraial de Maxambomba. Devido, especialmente, a esses fatores, em 1º de maio de 1891, através de decreto assinado por Francisco Portela, a sede do município foi transferida definitivamente para Maxambomba, que foi elevada à categoria de vila. A antiga Vila de Iguaçu passou a ser conhecida por Iguaçu Velha. No limiar da década de 1950, época da inauguração da Rodovia Presidente Dutra, as terras remanescentes do antigo engenho colonial Maxambomba foram desapropriadas pelo presidente Getúlio Vargas, que urbanizou a antiga Fazenda Maxambomba, transformando-a em bairro modelo, com o objetivo de oferecer moradias à classe dos marítimos, uma categoria de servidores do estado, transformando a Fazenda Maxambomba no Bairro Califórnia.
NOVA IGUAÇU A Vila de Maxambomba recebeu oficialmente o nome de “Nova Iguassú” através da Lei 1 331, de 9 de novembro de 1916, de autoria do deputado estadual Manuel Reis. A grafia do nome da cidade só mudou para “Nova Iguaçu” tempos depois, após reformas ortográficas da língua portuguesa. Após o declínio da agricultura da cana-de-açúcar, a cultura da laranja passou a ser a mais importante para o município. Vinda de São Gonçalo, a laranja encontrou solo ideal em Nova Iguaçu. Apenas para citar um exemplo, todo o bairro da Posse era, antigamente, uma grande fazenda produtora de laranjas. Praticamente toda a produção de laranjas era exportada, trazendo para o município um grande desenvolvimento econômico. A exportação começou a ocorrer no ano de 1891, juntamente com o desmatamento (lenha e carvão, madeiras de lei). O auge da citricultura em Nova Iguaçu foi dos anos 30 a 1956. De 1930 a 1940, a cidade de Nova Iguaçu era chamada de “Cidade Perfume”, porque as laranjeiras, em floração, perfumavam todo o roteiro das ferrovias. A construção de casas de beneficiamento e embalagem da produção na segunda metade do século XX trouxe novo fôlego para a exportação. Porém, durante a Segunda Guerra Mundial, houve interrupção do transporte marítimo, impedindo a exportação das laranjas. Com isso, as áreas dos antigos laranjais começaram a ser loteadas e novos bairros surgiram. A partir da “crise da laranja”, Nova Iguaçu passou a se concentrar num processo de industrialização, beneficiado pela facilidade de escoamento da produção graças, especialmente, às rodovias que cortam o município, entre elas a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra). Além disso, nessa época era possível encontrar com facilidade amplos terrenos a preço baixo e mão de obra barata. Nova Iguaçu passou então a contar com um significativo parque industrial e uma grande atividade comercial.
EMANCIPAÇÕES
Nova Iguaçu já foi muito maior do que é hoje. Porém, diversas emancipações de distritos que queriam independência administrativa marcaram a história do município. O primeiro desmembramento ocorreu em 31 de dezembro de 1943, quando foi ratificada pela Câmara dos Vereadores a emancipação de Duque de Caxias, São João de Meriti também integrava esse novo município. Em 1947, foi a vez de Nilópolis se emancipar, no mesmo ano em que São João se separou de Caxias. Contudo, as emancipações que mais marcaram a economia de Nova Iguaçu foram as ocorridas no início dos anos 1990. Antes de iniciar seu ciclo de industrialização, Nova Iguaçu era uma cidade-dormitório, designação dada aos municípios cuja maior parte da população trabalha em outra cidade (no caso, o Rio de Janeiro). Além disso, praticamente não havia infraestrutura urbana, já que a cidade acabara de sair de um período dedicado apenas à citricultura. Mesmo com as emancipações dos anos 1940, Nova Iguaçu tornou-se ao longo dos anos uma das principais cidades do estado, tanto em população quanto em geração de renda. Em 1989, a cidade chegou a ter 1 700 000 habitantes, sendo a sexta mais populosa do Brasil na época. Mas essa realidade foi abalada após as emancipações de importantes distritos. Em 1990, houve a emancipação de Belford Roxo (segundo menor distrito, porém um dos mais populosos), seguido por Queimados (no qual estava localizado o Polo Industrial de Nova Iguaçu que, logicamente, passou a ser administrado pelo novo município). No ano seguinte, foi a vez de Japeri. Em 1999, Mesquita, distrito de apenas 35 km², também se emancipou, tendo sua primeira eleição para prefeito no pleito municipal de 2000. As emancipações trouxeram uma decadência econômica para o município de Nova Iguaçu, que teve população e, consequentemente, arrecadação reduzidas, apesar de ter mantido praticamente o mesmo volume de gastos públicos.
FUTURO
Apesar de todas as dificuldades, Nova Iguaçu continua sendo considerada uma das cidades mais atrativas da região metropolitana. Vários projetos estão sendo realizados para melhorar o município. Em 1999, por exemplo, foi lançado um Plano Estratégico, que fez um diagnóstico dos problemas de Nova Iguaçu e suas possíveis soluções. Atitudes como a reforma do centro comercial da cidade (o segundo maior do estado) e a criação de um polo logístico são as principais ações voltadas para trazer novos investidores para a região, e consequentemente mais oferta de empregos e geração de renda para a população.Apenas como exemplo, a indústria de cosméticos da cidade tem a segunda maior concentração de fábricas dessa área no país. Além disso, se antigamente Nova Iguaçu era uma cidade-dormitório, atualmente grande parcela da população trabalha na própria cidade. Apesar de alguns avanços, diversos de seus bairros são marcados por ausência ou insuficiência de serviços públicos, além da falta de infraestrutura, como água encanada, recolhimento de lixo e postos de saúde. No município, cresce a preocupação com o meio ambiente. Esforços para preservar a natureza tem sido alvo de organizações não governamentais e da própria população. Exemplo disto foi a campanha feita para reflorestar áreas desmatadas. A ação foi voluntária e teve o apoio de grupos de aventureiros e da prefeitura. Na semana de comemoração do meio ambiente, um mutirão foi ao parque municipal participar de atividades de preservação e atuar nas trilhas e nascentes para recolher lixos deixados por visitantes poluidores. A preservação do meio ambiente tem sido levada a sério por muitos, porém ainda necessita-se de maiores esforços para que a cultura da população que polui e desmata mude e passe preservar a natureza.
GEOGRAFIA
Extensão: Norte-Sul – 36 km / Leste-Oeste – 24 km
Rios: Maxambomba, da Prata, Iguaçu, Guandu, Botas, Sarapuí e Tinguá
Temperatura média anual: 23,4°C
Precipitação média anual: 2 105 mm
CLIMA
O clima de Nova Iguaçu é tropical (tipo Aw segundo Köppen), com diminuição de chuvas noinverno e temperatura média anual de 23,4 °C, tendo invernos secos e verões chuvosos comtemperaturas altas. O mês mais quente, janeiro, conta com temperatura média de 24,9 °C, sendo a média máxima de 32,7°C e a mínima de 23,6°C. E o mês mais frio, julho, de 25,4 °C, sendo 27,1 °C e 18,3 °C a média máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição. A precipitação média anual é de 2105,0 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 41,7 mm distribuídos em 9 dias. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 233,1 mm, em 18 dias de chuva. Nos últimos anos, os dias de verão em Nova Iguaçu têm sido cada vez mais quentes, com temperaturas não raro beirando a casa dos 40°C. Durante o verão, são comuns dias com elevadas temperaturas e intensa evapotranspiração, provocando intensas chuvas ao fim do tarde. Tais condições, aliadas a outros fatores, possibilitaram a ocorrência de um fenômeno raro no Brasil: em 19 de janeiro de 2011, um tornado atingiu a região sudoeste do município, provocando estragos e prejuízo. A temperatura mínima na cidade pode atingir os 10°C, nos meses de maio a julho. Levando-se em conta o gradiente térmico, que estabelece a variação de 0,65°C para cada 100 metros de altitude, é possível que, nas partes mais altas do município (notadamente a Serra do Tinguá, cuja altitude máxima é cerca de 1600 metros) a temperatura seja cerca de 15°C mais baixa que na sede.
LOCALIZAÇÃO
A Cidade de Nova Iguaçu apresenta-se geograficamente limitada pelos seguintes municípios: Rio de Janeiro, a sul; Mesquita, a sudeste; Belford Roxo, a leste; Duque de Caxias, a nordeste; Miguel Pereira, a norte; Japeri, a noroeste; Queimados, a oeste; e Seropédica, a sudoeste. Longitudinalmente, apresenta uma extensão máxima de 36,33 km e 31,28 km de extensão máxima transversal, perfazendo uma área de 524,5 km², que a torna o maior município da Baixada Fluminense. O município situa-se na região mais importante, econômica e financeiramente, do estado do Rio de Janeiro, a denominada Região Metropolitana, da qual fazem parte, além de Nova Iguaçu, os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Mangaratiba, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói,Paracambi, Queimados, Rio de Janeiro, São João de Meriti, São Gonçalo, Seropédica e Tanguá. Em virtude de seu posicionamento geográfico, a cidade desempenha o papel de centro de negócios e de comércio para os municípios vizinhos, situados a oeste daBaía de Guanabara. A Cidade de Nova Iguaçu situa-se a 35 km da Cidade do Rio de Janeiro, como demonstra o marco quilométrico instalado na estação ferroviária da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil. O diagrama seguinte representa os municípios periféricos a Nova Iguaçu, num raio de 40 km. As distâncias são em linha reta.
Nova Iguaçu – Belford Roxo (5 km)
Nova Iguaçu – Mesquita (3 km)
Nova Iguaçu – Nilópolis (6 km)
Nova Iguaçu – S. J. Meriti (9 km)
Nova Iguaçu – Duque de Caxias (14 km)
Nova Iguaçu – Queimados (12 km)
Nova Iguaçu – Rio de Janeiro (31 km)
Nova Iguaçu – Niterói (38 km)
Nova Iguaçu – Seropédica (26 km)
Nova Iguaçu – Itaguaí (35 km)
Nova Iguaçu – Japeri (25 km)
Nova Iguaçu – Paracambi (31 km)
Nova Iguaçu – Engenheiro Paulo de Frontin (33 km)
Nova Iguaçu – Miguel Pereira (33 km)
Nova Iguaçu – Paty do Alferes (38 km)
Nova Iguaçu – Petrópolis (39 km)
Nota-se a grande proximidade de Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, São João de Meriti e Duque de Caxias a Nova Iguaçu.
GEOLOGIA
A geologia de Nova Iguaçu está representada por três grandes grupos de rochas, de origem, composição e idades diferenciadas.
FORMAÇÃO SEDIMENTAR
São terras formadas por sedimentos inconsolidados com idade inferior a 2 milhões de anos responsáveis pela cobertura sedimentar. Os locais planos e os sopés dosmaciços e colinas são formados por esse tipo de cobertura. Constituem as planícies e as terras baixas da Posse, Comendador Soares, Cabuçu, Jardim Paraíso e Km 32, além de áreas isoladas, como as terras pantanosas do noroeste de Campo Alegre, as margens do rio Iguaçu em Geneciano e a planície de Iguaçu Velho.
FORMAÇÃO DE ROCHAS ÍGNEAS ALCALINAS
A maioria do maciço Mendanha, situa-se na porção ocidental do município de Nova Iguaçu, comprimento aproximado de 15 km, largura de 5 km e altura relativa de 900 m, sobressaindo da planície da Baixada Fluminense com altitude em torno de 30 m onde a cidade de Nova Iguaçu está presente. Este maciço é constituído principalmente por nefelina sienito e álcali sienito. Essas rochas são originado de resfriamento de magma, denominadas rochas ígneas, e são compostas de mineralde tamanho grande, sendo identificável a olho nu, chamadas de rochas plutônicas, com aparência visual similar de granito. Essas rochas formam um corpo intrusivode tamanho quilométrico, que formava uma câmara magmática que se situava em 3 a 4 km de profundidade. O tamanho milimétrico dos minerais indica que o resfriamento lento do magma ocorreu em localidades subterrâneas com uma grande profundidade. Nefelina sienito é constituído por feldspato alcalino, nefelina,clinopiroxênio, anfibólio e biotita. Esta é classificada como uma rocha alcalina de strict-sensu devido à existência de nefelina. Nefelina sienito é extraída como umarocha ornamental no pico do Marapicu, na borda oeste do maciço Mendanha, com nome comercial de Granito Cinza Ás de Paus. Álcali sienito é composto de minerais similares porém não contem nefelina. Ocorrem também traquito como corpos intrusivos pequenos tal como diques. Esta rocha é constituída por feldspato alcalino, clinopiroxênio e anfibólio. Álcali sienito e traquito são extraídos na margem nordeste do maciço Mendanha como matéria prima para a brita de excelente qualidade química e física, que possibilita longevidade das construções civis, sendo um raro exemplo do mundo. Os minerais constituintes de traquito são pequenos, sendo invisíveis a olho nu, indicando resfriamento rápido. Em algumas localidades isoladas, encontra-se brechavulcânica que constitui condutos subvulcânico. Conforme às datações Ar-Ar pelo método laser-spot, a idade da intrusão e do resfriamento do magma ocorreu em 59 a 67 milhões de anos, mais provavelmente em torno de 60 milhões de anos, o que corresponde ao Eocenozóico, o período logo após à extinção de dinossauros. A brecha vulcânica e traquito eram interpretadas como rochas formadas por extrusão magmática na superfície da Terra, sendo formadoras de um vulcão extinto com suposta presença de cratera, denominado “Vulcão de Nova Iguaçu”. A hipótese do Vulcão de Nova Iguaçu foi comentado frequentemente nas imprensas e programas de televisão, tais como Folha de São Paulo e Rede Globo, porém não havia artigos completos publicados em periódicos científicos. Por outro lado, as pesquisas científicas no Século XXI demonstraram os dados científicos incompatíveis à hipótese do vulcão extinto, esclarecendo geologicamente a inexistência da lava, o fluxo piroclástico e a bomba vulcânica, que eram comentados em palestras e discursos. As pesquisas geomorfológicas com base na técnica de seppômen comprovaram a inexistência da cratera e o cone vulcânico. Esses estudos foram publicados em periódicos científicos como artigos completos. De fato, houve atividades vulcânicas nesta região, porém o vulcão antigo da era dos dinossauros foi eliminado completamente por intensa erosão tropical. A superfície da Terra naquele tempo corresponde a cerca de 3000 a 4000 m de altitude atual e a exposição geológica atual corresponde à estrutura subvulcânica por 3 a 4 km de profundidade da época do magmatismo. O corpo intrusivo de rochas sieníticas constituía uma câmara magmática abaixo da área vulcânica daquele tempo e, portanto hoje em dia não existe mais o edifício vulcânico. Entretanto, fora das comunidades acadêmicas e científicas, o mito do vulcão ainda continua.
FORMAÇÃO METAMÓRFICA
São terras formadas por rochas de origem ígnea (granitos homogêneos) e metamórfica (migmatitos e granitoides foliados) com idade em torno de 550 milhões de anos. As terras com formação metamórfica (granitoides foliolados) estão nos bairros de Miguel Couto, Geneciano, Corumbá, Santa Rita, Vila de Cava, Iguaçu Velho, Austin,Carlos Sampaio, Adrianópolis, Jaceruba e a Serra do Tinguá. As terras com as rochas metamórfica de alto grau (migmatitos) estão nos bairros de Lagoinha, Campo Lindo, Danon, Bairro da Luz, Centro, Califórnia, Tinguá, Serra do Tinguazinho e Serra da Bandeira (Serra de Jaceruba).
RELEVO
O relevo de Nova Iguaçu é representado por dois grandes maciços rochosos situados nas porções norte e sul do município: o maciço de Tinguá e o maciço do Mendanha, respectivamente. O primeiro possui altitude máxima de 1600 m, e o segundo, 974 m. Entre esse dois maciços estende-se uma grande área de planície (baixada) e de colinas com cristas vertentes e convexas (meias-laranjas), numerosas (mar de morros) e com altitudes inferiores às dos maciços. As colinas em formato de meias-laranjas tendem a ser em maior número à medida que se aproximam do maciço de Tinguá e dos contrafortes da Serra do Mar (região de Jaceruba).
VEGETAÇÃO
Em Nova Iguaçu, cerca de 40 por cento da área total da cidade encontra-se coberta por formações vegetaissignificativas (vegetações primárias, secundárias ou pioneiras). Desse total, 32,88 por cento correspondem à cobertura original da Mata Atlântica, um dos mais ricos ecossistemas do planeta. Cerca de 30 por cento está comprometido com o uso urbano e o restante corresponde à atividade agrícola (2,94 por cento) e as áreas de campo e pastagem, ou seja, as áreas onde a vegetação natural ou primitiva foi substituída para práticas deagricultura ou para o criatório. Uma pequena parcela da superfície total do município corresponde a áreas sujeitas a inundações e áreas degradadas.
HIDROGRAFIA
Nova Iguaçu conta com diversos rios, córregos e canais que constituem as bacias dos rios Iguaçu e Sarapuí (que, regionalmente, integram a bacia da Baía de Guanabara) e a do rio Guandu (que integra a bacia da Baía de Sepetiba). A bacia do rio Guandu abrange os rios Santana, São Pedro, Santo Antônio, d’Ouro, Sarapó, Ipiranga, Cabuçu,Cabenga e Guandumirim. A bacia do rio Iguaçu abrange os rios Paiol, das Velhas, Botas, Ana Felícia, Tinguá, Barreiras, Boa Esperança e Adrianino. A bacia do rio Sarapuí é constituída pelos rios Maxambomba, da Prata e Dona Eugênia. A partir de 2008, teve início o Projeto Iguaçu, que vem revitalizando, desassoreando e construindo áreas de lazer ao longo dos rios de Nova Iguaçu e redondesas, com o objetivo de evitar enchentes, queda de barreiras e construções nas margens dos rios.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
Diversos tipos de Unidades de Conservação da Natureza foram instituídos em Nova Iguaçu, correspondendo a 50 por cento da área total da cidade. Na porção sul do município, localiza-se a área de proteção ambiental (APA) do Mendanha, unidade de uso sustentável administrada pelo Governo Estadual. Dentro dessa APA, encontra-se o Parque Municipal de Nova Iguaçu, unidade de proteção integral instituída pelo Poder Público Municipal. Ao norte, encontramos a Reserva Biológica Federal do Tinguá, unidade de proteção integral instituída pelo Governo Federal. Margeando essa reserva, encontramos as Áreas de Proteção Ambiental de Jaceruba, Rio d’Ouro e Tinguá, todas instituídas por leis municipais. Outras quatro áreas de proteção ambiental municipais são: Guanduaçu, Morro Agudo, Tinguazinho e Retiro, localizadas, respectivamente, nas porções sudoeste, noroeste e nordeste do município.
DEMOGRAFIA
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 795 212 habitantes, sendo o quarto mais populoso do estado e também da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, apresentando umadensidade populacional de 1517,9 habitantes por km². Segundo o censo de 2010, 381 198 habitantes eram homens e 414 014habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 786 536 habitantes viviam na zona urbana e 8 676 na zona rural. Já segundo estatísticas divulgadas em 2012, a população municipal era de 801 746 habitantes O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Nova Iguaçu é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Seu valor é de 0,762, sendo o 45º maior de todo o estado do Rio de Janeiro (em 92 municípios).
POLÍTICA
Número de eleitores: 560.576 / Zonas 9 / Seções 1 589 (dados da eleição de 2012)
CÂMARA MUNICIPAL
A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu foi instalada em 29 de julho de 1833, com a posse dos primeiros vereadores. O primeiro presidente foi Inácio Antônio de Sousa Amaral. Até a criação da Prefeitura, pouco mais de 86 anos depois, a Câmara de Vereadores acumulou os poderes Legislativo e Executivo. Entre 1891 e 1908, a Câmara de Vereadores (Paço Municipal) não teve sede. Em 1908, foi inaugurado um edifício na avenida Marechal Floriano, onde a Câmara funcionou junto com o Paço da Intendência Municipal (onde ficava o gabinete do Intendente Geral) até a criação da prefeitura, que assumiu o poder executivomunicipal (até então nas mãos do Intendente, que era o presidente da Câmara) e também passou a utilizar o prédio. Com a criação da Prefeitura de Nova Iguaçu, em 26 de novembro de 1919, a Câmara dos Vereadores passou a ser responsável apenas pelo poder legislativomunicipal. Contudo, as primeiras eleições para prefeito ocorreram apenas em 9 de julho de 1922. A Revolução de 1930 fez com que o Congresso Nacional fosse dissolvido e as Assembleias dos Estados e Câmaras de Vereadores fossem fechadas. A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu ficou em recesso até 1935. Porém, o retorno aos trabalhos foi curto, pois em 10 de novembro de 1937, o Estado Novo de Getúlio Vargas fez com que as Câmaras fossem fechadas novamente. A de Nova Iguaçu voltou a funcionar apenas em 1947, após as eleições municipais de 28 de setembro daquele ano. Após o longo recesso, a Câmara de Vereadores precisou mudar de endereço, pois a Prefeitura não aceitou continuar compartilhando o prédio. A Câmara passou a funcionar em um sobrado também na avenida Marechal Floriano. Esse novo endereço permaneceu o mesmo até 1959. O prédio original da Câmara (fundado em 1908), foi demolido nos anos 60, durante a ditadura militar, pelo prefeito de então, que pretendia construir o “Palácio da Municipalidade”. Contudo, por motivos diversos, o “Palácio” não foi construído e o local acabou sendo transformado em estacionamento tempos depois. Em 11 de julho de 1959 foram inauguradas as instalações da Câmara de Vereadores, na Travessa Rosinda Martins, 71, 3º andar. Em 16 de abril de 2010 o legislativo municipal ganhou uma nova sede na Rua Prefeito João Luiz do Nascimento, 38. O novo prédio conta com quatro andares e gabinete para os 21 vereadores, um avanço em relação ao anterior que possuía somente oito gabinetes. Além disso, a nova sede conta com melhor acessibilidade para pessoas idosas e portadoras de necessidades especiais, permitindo fácil acesso ao povo para acompanhamento das sessões. O último recesso imposto à Câmara de Vereadores foi em 8 de maio de 1969, sob o Ato Complementar nº 53, do governo militar. A Câmara voltou às suas atividades no ano seguinte, em 15 de julho de 1970. Atualmente, a Câmara de Nova Iguaçu conta com 29 vereadores.
PREFEITURA
A Prefeitura foi criada em 26 de novembro de 1919, através do Decreto 1 716. Com isso, a Câmara de Vereadores passaria a cuidar apenas das funções legislativas (até então, também era responsável pelo Executivo). O então presidente (governador) do estado do Rio de Janeiro, Raul de Morais Veiga, nomeou Mário Pinotti como prefeito de Nova Iguaçu, contudo os vereadores consideraram a criação da Prefeitura um desrespeito à autonomia municipal. O presidente da Câmara de Vereadores, Ernesto França Soares, entrou na justiça e, através de um habeas corpus, assumiu o cargo de prefeito em 26 de maio de 1920. As primeiras eleições para prefeito ocorreram apenas em 9 de julho de 1922, sendo eleito o médico Manoel Francisco Salles Teixeira (tomou posse em 22 de novembro de 1922). A atual sede da prefeitura foi construída durante o governo de João Ruy de Queiroz Pinheiro, no final da década de 1970 e inaugurada no início dos anos 1980, como atesta o marco de inauguração fixado em seu hall de entrada.
SUBDIVISÕES
Em 1997, o município de Nova Iguaçu passou a denominar-se Cidade de Nova Iguaçu, pela Lei Complementar 6, e foi dividido administrativamente em nove Unidades Regionais de Governo, cada uma delas, por sua vez, divididas em bairros. As unidades foram criadas para oferecer os serviços ordinários à população, descentralizando, assim, alguns serviços rotineiros realizados apenas no Centro da cidade. Os bairros, por sua vez, são oficialmente as menores unidades administrativas da cidade, porém cada bairro conta com diversos sub-bairros, vilas, lugarejos e povoados, o que pode levar a uma nova organização política dentro de poucos anos. A atual relação de bairros de Nova Iguaçu foi definida pela Leis 2.952, de 17 de dezembro de 1998, e pelo Decreto 6.083, de 12 de janeiro de 1999. A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos diferentes bairros de Nova Iguaçu como fatores de ordem prática ou natural (como a divisão de duas URGs em uma avenida importante ou um rio, por exemplo). O atual Plano Diretor, Lei Municipal 4 092, de 28 de junho de 2011, prevê que o Poder Executivo, após 180 dias, revise a delimitação dos bairros e unidades regionais de governo da cidade, promovendo discussões em todos os bairros com a sociedade civil. Prevê, ainda, a realização de audiências públicas para a discussão do projeto de lei a ser enviado à Câmara de Vereadores. A zona de preservação ambiental da Reserva Biológica do Tinguá e a Área de Proteção Ambiental do Mendanha (Parque Municipal de Nova Iguaçu) são áreas não abairráveis. Em 2004 foram criadas mais oito (08) novas unidades de conservação municipais, somando assim dez Áreas de Proteção Ambiental. São as APAs Rio D’Ouro, Guandu-Açu, Tinguazinho, Retiro, Mendanha, Tinguá, Maxambomba, Jaceruba e Morro Agudo.
ECONOMIA
COMÉRCIO E SERVIÇOS
A principal fonte de arrecadação do município é sem dúvidas o comércio e os serviços, possuindo um dos centros comerciais mais importante do estado, contando com as principais lojas e serviços do país. Nova Iguaçu conta com grande infraestrutura comercial além do centro, nos bairros de Miguel Couto, Cabuçu, Comendador Soares, Austin, Posse, Cerâmica e Rancho Novo.
INDÚSTRIA
A indústria na cidade tem uma grande relevância econômica. A cidade conta com indústrias nos ramos alimentício, de siderurgia e de cosméticos.
AGRICULTURA
O plantio de café e a agricultura em geral em Tinguá e áreas próprias na cidade de Nova Iguaçu estão sendo retomados por projetos e iniciativas iguais a do líder político iguaçuano Luis Carlos Magalhães , que, no dia 6 de agosto de 2005, apresentou projeto para reativar a agricultura em grande escala no município de Nova Iguaçu. O projeto foi apresentado na segunda conferência das cidades, realizada na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica. Dentro do projeto, além da reativação da agricultura em áreas não povoadas e abandonadas de domínio do estado e/ou particular, está a iniciativa da criação de uma nova central de abastecimento nos moldes da Ceasa, central essa que comercializará principalmente os produtos plantados na região da Baixada Fluminense e atenderá comerciantes, feirantes e o público alvo dos produtos oferecidos. Hoje, comerciantes da Baixada Fluminense em geral vão à Ceasa localizada no município do Rio de Janeiro para efetuar suas compras, sendo que diversos produtos negociados lá são produzidos na própria Baixada Fluminense. Este desencontro por si só já elevam os preços dos produtos se levarmos em conta somente um item. Transporte = Frete. Uma vez que o produto é levado da Baixada Fluminense para o Ceasa e o consumidor Fluminense precisa ir a Ceasa buscá-lo e voltar a sua origem.
TURISMO
1- Tinguá – Sendo a maior área de Preservação da região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, no Centro de Tinguá há uma praça muito conhecida pela população local, qualquer pessoa poderia experimentar a sensação de estar em um ambiente como esse, respirar todo o ar fresco que a cidade tem para oferecer. E finalmente, visitar as ruínas da Fazenda de São Bernardino, uma das construções mais antigas e conhecidas de toda a cidade.
2- TopShopping “Parte da sua vida” – Atualmente (2014), o único shopping de Nova Iguaçu, o sucesso devido é tanto, que o shopping (Que abastece também as cidades de Queimados, Nilópolis e Mesquita) dobrará seu tamanho atual, o que contribuirá muito com a economia local. Há ainda um projeto confirmado e iniciado (em questão de obras), na pedreira de Nova Iguaçu, perto do Vulcão. O “Shopping Nova Iguaçu” será o principal concorrente do TopShopping, e um dos principais shoppings de toda a região metropolitana.
TRANSPORTE
Principais acessos rodoviários:Via Dutra, Antiga Estrada Rio-São Paulo, Estrada de Madureira, Estrada Zumbi dos Palmares, Estrada de Adrianópolis e Via Light.
RODOVIÁRIO
Nova Iguaçu conta com uma vasta malha viária, sendo cortada por importantes rodovias e estradas.
RODOVIAS FEDERAIS
BR-116, Rodovia Presidente Dutra. Em território iguaçuano, possui 15 km de extensão e corta o município de leste a oeste, margeando dezesseis bairros.
BR-465, a Antiga Estrada Rio-São Paulo. Rota para São Paulo até a década de 1950, com a construção da Rodovia Presidente Dutra, a BR-465 é uma estrada de ligação entre a Dutra e a Avenida Brasil. Corta Nova Iguaçu na porção sudoeste com 6 km de extensão, passando por 4 bairros.
RODOVIAS ESTADUAIS
Via Light, Via de extrema importância para a cidade, por cortar o Centro e ligá-lo futuramente à Avenida Brasil, poderá ter 6 km em território iguaçuano e corta o Centro e mais 3 bairros.
RJ-085, a Estrada Rio d’Ouro Situada no extremo leste do município, serve por 1,5 km como fronteira entre Nova Iguaçu e Duque de Caxias, no bairro deGeneciano.
RJ-105 (trecho sul), Avenida Abílio Augusto Távora, popularmente conhecida como “Estrada de Madureira”. Possui 22 km, corta a cidade do Centro ao sudoeste, dá acesso a BR-465 e passa por 14 bairros.
RJ-105 (trecho norte), Estrada Doutor Plínio Casado. Liga Nova Iguaçu a Belford Roxo, passando por 5 bairros e 3 km.
RJ-111, Estrada Zumbi dos Palmares. Liga a região central do município à Reserva Biológica do Tinguá. Possui 16 km e passa por quatro bairros.
RJ-113, a “Estrada de Adrianópolis”. Liga a região central do município ao longínquo bairro de Jaceruba, no noroeste. Possui 22 km de extensão e passa por 4 bairros.
RJ-115, a antiga “Estrada Real do Commercio”. Oficialmente, liga Miguel Pereira à BR-040, passando por Tinguá e Xerém, mas na prática a pista é em leito natural e sua medição é muito complicada devido ao trecho dentro da Reserva Biológica do Tinguá.
RJ-119, a “Estrada Jaceruba-Japeri”. Como o nome sugere, faz a ligação intermunicipal do distante noroeste iguaçuano ao município vizinho de Japeri. Tem 10 km de extensão do centro de Jaceruba até a fronteira com o município supracitado.